sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O melhor das pequenas mudanças

Tudo o que desejo a você em 2015 é exatamente o que quero para mim: uma vida de mudanças. Não aquelas transformações mirabolantes planejadas a cada Réveillon e esquecidas na Quarta Feira de Cinzas. Penso nas mudanças miúdas, possíveis, ao alcance da mão. Que a gente possa realizar, em 2015, grandes mudanças a partir de pequenas ações.
Se você prometeu comer melhor no ano que vem, organize-se para isso. Perca (ou ganhe) quinze minutos do sábado para planejar o cardápio da semana. Compre só o necessário. Coma só o que vale a pena.
Se deseja dormir melhor, deixe fora do quarto o smartphone, o tablet ou qualquer outro aparelho eletrônico que emita luz. Está provado que eles atrapalham o sono e acabam com a qualidade da atenção no dia seguinte.  
Se quer mais tempo para você, faça bom uso dele. Estabeleça horários para entrar nas redes sociais. Tire o melhor proveito da tecnologia em vez de ser dominado por ela. Desconecte-se mais vezes e olhe muito mais nos olhos.
Limpe as gavetas de todo tipo. Jogue fora o que não interessa mais. O emprego novo será o mesmo de sempre se você levar para ele os vícios do antigo.
Se quer encontrar o parceiro dos sonhos, dê uma chance para a sorte. Saia de casa, olhe o mundo, olhe em volta. Grandes amores e parcerias nascem do encontro de almas e interesses parecidos. Em vez de esperar pelo galope do cavalo branco, enxergue os encantos de quem está logo ali.
Fale menos. Bem menos, principalmente em lugares públicos. Esbanje emoções, economize palavras. 
Consuma, mas não como uma máquina de torrar dinheiro. Valorize o belo, o relevante, o prazeroso. Aprenda, com os jovens de valor, que as melhores coisas da vida não são coisas.
Em 2015, quero para mim todos esses chavões simplórios. A vida nos leva menos a sério do que insistimos em levá-la.

Feliz 2015, inclua Deus nas suas mudanças!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Sozinho na multidão

Chegaram as festas de fim de ano, se você em meio a multidão e as festas sente-se só, saiba que não é o único, achei esse post no Blog do Marco Cicco, é muito inspirador:
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. 
(Salmos 23:4)
Meditando no salmo 23 é possível encontrar princípios excepcionais para o nosso dia-a-dia.
Um salmo profundo que expressa o Senhor como um pastor que deve proteger, cuidar e alimentar as suas ovelhas.
E nós somos essas ovelhas que Ele cuida.
Nesse versículo em destaque lemos que o salmista entendia que embora estivesse em uma situação difícil, em um vale da sombra da morte, ele poderia contar com a orientação de Deus para sobreviver.
Pensando um pouco nisso, comparo essa realidade do salmista com a vida urbana, na qual eu também vivo e convivo.
A situação mais comum de nossos dias é o sentimento de solidão.
Por muitas vezes estamos rodeados de pessoas, estamos no meio de uma multidão, mas ainda assim nos sentimos sozinhos.
O maior dos nossos paradoxos: viver sozinho rodeado de pessoas.
Porém , da mesma forma que o salmista tem a consciência que ainda que ele viesse a passar pelo vale da sombra da morte ele não temeria, assim nós também devemos ter esta mesma consciência de que não estamos sós, pois Deus está conosco.
Mesmo que muitas vezes somos cercados pela falsidade, mentira, hipocrisia das pessoas ao nosso redor, não estamos sós.
Mesmo quando somos injustiçados, desrespeitados, humilhados e amedrontados , não estamos sós.
Mesmo que tudo ao nosso redor pareça estar desmoronando, quando aparentemente tudo está perdido, ainda assim, precisamos ter a certeza que não estamos sós.
E quando nada mais fizer sentido, cabe a nós , olharmos para o nosso Pastor, porque Ele está ao nosso lado.
A nossa parte nesse processo doloroso consiste em permanecer com nossos olhos fixos em Deus, como uma ovelha que depende de seu pastor para sobreviver.
Confiar nEle, buscar fazer a vontade dEle, andarmos em direção a Ele, mesmo que essa caminhada por vezes seja feito no vale escuro da morte.
Porque mesmo que você tenha que atravessar esse vale (e só você e Deus sabem o que esse vale significa) fique tranquilo: Deus está com você e somente nisto você deve ter fé e confiança!
Que possamos encontrar em Deus o consolo nesses dias difíceis.
Que sejamos maduros o suficiente para permanecermos firmes em nossa fé.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A Arábia Saudita decreta pena de morte para quem carregar bíblia

A Arábia Saudita é o “berço” do Islamismo, tendo em Meca a cidade mais sagrada desta religião. Já é proibido aos não muçulmanos entrarem naquela cidade. De modo geral, a perseguição religiosa só aumenta. Não há igrejas conhecidas e a maioria dos cristãos naquela nação são imigrantes estrangeiros.
Agora, o governo do país que já se diz regido pela lei sharia, anuncia modificações em uma lei sobre literatura. Isso poderá marcar o fim do cristianismo na região. O motivo é simples: está prevista pena capital para quem carregar Bíblias para dentro da Arábia. Ou seja, o que já era considerado contrabando, agora chega ao extremo. Não se pode comprar legalmente uma cópia das Escrituras por lá.
A missão Heart Cry  [Clamor do coração] divulgou em seu relatório mais recente que ao legislar sobre a importação de drogas ilegais, incluiu-se um artigo que aborda “todas as publicações de outras crenças religiosas não islâmicas e que tragam prejuízo”. Ou seja, na prática, entrar com uma Bíblia na Arábia Saudita será o mesmo que carregar cocaína ou heroína.
Segundo a lista publicada anualmente pelo Ministério Portas Abertas, em 2014 a Arábia Saudita figura como o 6º país que mais persegue cristãos.  A conversão para outra religião já era proibida na Arábia Saudita, punida com a morte. Mesmo assim, existem relatos crescentes que muçulmanos estão seguindo a Cristo após sonhos e visões.
O portal WND entrou em contato com a embaixada da Arábia Saudita para confirmar as mudanças na lei, mas a resposta oficial é que não haveria comentários. Por ser um importante parceiro comercial dos EUA, a Arábia raramente recebe cobertura negativa da imprensa.
O teólogo Joel Richardson, que tem escrito vários livros e produz documentários sobre o islamismo e o final dos tempos, afirmou: “Se os muçulmanos verdadeiramente tivessem confiança que sua religião é verdadeira, não teriam medo de pessoas que leem a Bíblia”.
Para ele, o decreto é uma prova que o governo saudita tem medo do impacto do cristianismo.  Produtor do documentário “End Times Eyewitness” [Testemunhas do Final dos Tempos], Richardson acredita que “Se eles estão matando pessoas por carregarem uma Bíblia, este é o cumprimento de Apocalipse 6:9″.
Fonte: Gospel Prime
"E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram."

Apocalipse 6:9

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O dia em que quase morri - Um testemunho

Por Ade Queiroz-          
      Era um dia qualquer, parecia tudo igual para mim, acordei apressado, corri para tomar café e saí de casa com pressa pensando no trabalho, até esta data não pensava na vida com tenta clareza, achava que nunca ia acontecer comigo, era jovem, próximo dos 28 anos de idade, queria que tudo passasse logo, estava animado, parecia que as coisas começavam a dar certo, acabara de abrir uma empresa, tinha conseguido bons clientes, todos apreciavam meu estilo e rapidez ao resolver problemas com muita transparência, justiça nos preços.
    Mas naquele dia algo me incomodava, o passado me atormentava, coisas que fizera perturbavam minha mente, o medo começou a tomar conta de meu coração, pensava e falava a Deus em minhas pequenas orações durante o dia que preferia morrer a passar todo aquele terror novamente.
Com tais pensamentos nem percebi os sinais que Deus estava a me enviar ao longo de meu caminho, ignorava as dicas do Espírito Santo.
    Lembro-me de voltar ao carro para apanhar ferramentas, estava só. Seguia eu por um caminho cheio de cascalho, vi por duas vezes um par de luvas no chão, em minha mente o pensamento: pegue seu equipamento de proteção, pensei em pegar pelo menos as luvas, mas ignorei os sinais, estava com a mente fechada, vacilei, logo eu que sempre fora tão cuidadoso. Confiei demais na sorte.
    Comecei a executar o trabalho e lembro-me apenas de ter ouvido: você está bem? Você está bem? Tentava falar, mas a eletricidade passava pelo meu corpo, não tinha domínio sobre meus músculos ou voz, estava sendo eletrocutado.
    E então a única coisa que todos fazemos quando não tem mais jeito, eu pensei: Jesus me ajuda. E foi meu último pensamento.
    Subitamente a dor passou, comecei então a ver cenas da minha vida como pinturas em sequência na parede, como um filme em alta rotação, logo pensei: vou ser julgado. Pensei como ficariam meus filhos sem mim. Uma voz falou-me: - Você quer morrer mesmo? Então respondi em pensamento: assim não.
    Um clarão e vozes, vi pessoas gritando desesperadas ao redor de alguém no chão, do alto tentava ver quem era, foi quando percebi que era eu naquele chão, de repente ouço uma voz de mulher que orava com autoridade, dizia: - Morte eu te repreendo em nome de Jesus.
    Foi quando voltei ao meu corpo, sentia dores como se levara uma surra, todos os músculos doíam, aos poucos fui me recompondo.
    Passei dias perguntando a minha esposa se ela estava me vendo e se estava tudo bem.
    Peguei algumas fotos de família e montei um quadro planejado já a algum tempo, coloquei ali tudo que mais me importava na vida, meus filhos e esposa.
   Percebo depois de tudo isso que não somos nada, que a vida é rara, que a vida é melhor ao lado dos nossos queridos, hoje ao sair de casa para trabalhar, regularmente abro a porta do quarto dos meus filhos e os abençoo, vejo minha esposa, as vezes ainda dormindo e peço a Deus que dê anos de vida a ela para que juntos possamos ver os homens de bem que nossos filhos serão, peço saúde a ela e aos meus meninos que foram presentes de Deus em dias difíceis.
    Saio de casa como se fosse o último dia de minha vida, procuro viver com intensidade, procuro sempre ter uma medida de sal em minhas palavras, experimento sabores, frutas de todo tipo e cor, não perco a chance de provar algo novo, e o mais importante sempre ouço meus filhos com atenção, não importando se estou vendo televisão ou fazendo outra coisa, procuro estar com eles o máximo que posso, aprendo com eles, observo onde sou parecido com eles, até me assusto as vezes com a semelhança.
    Entendi o que Jesus disse em Mateus 6:31, 34: "Portanto não vos inquieteis, dizendo: que comeremos, que beberemos ou com que nos vestiremos, ...não vos inquietais com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia seu próprio mal"
   Hoje vivo, com o objetivo de aproveitar cada momento que Deus me deu junto dos que amo, e fazer sempre o melhor de mim.
    E você tem feito o seu melhor também? Tem amado intensamente? O caminho é Jesus, viva os melhores anos da sua vida.

Adenauer Queiroz

Foto: arquivo do Blog- direitos reservados
Através do marcador você pode achar outras postagens de Adenauer aqui no Discípulos

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Suas folhas estão murchas?

   Aqui no Estado de São Paulo estamos enfrentando a maior seca da história, choveu pouquíssimo esse ano, as temperaturas altas nos fazem suar, em média 35 graus de segunda a segunda, houveram dias que atingiram 39,  o sol ardido na pele, umidade do ar baixa, e a seca inevitável nas torneiras em dias de racionamento, na minha cidade são dois dias por semana.
     Por conta de uma lei municipal aprovada recentemente não podemos lavar carros em nenhum dia da semana, nem lavar calçadas, nem molhar plantas utilizando mangueiras ou esguichos, se o fizermos corremos o risco de recebermos uma multa equivalente a metade do salário mínimo vigente no país, se houver denúncia, e acredite-me os vizinhos estão policiando uns aos outros, denunciam mesmo, ninguém quer ficar sem água.
    Os rios e represas estão quase que totalmente secos, é algo doído de se ver.
    Observo a vegetação, as folhas murchas se enrolam no calor do meio dia, como uma defesa, a fim de preservarem-se, os pastos amarelos, poeira abundante, clima de deserto mesmo. O reflexo está nos mercados, as frutas e verduras mais caras, pois a produção está menor e mais dispendiosa.
    A falta de políticas públicas para que a crise hídrica fosse evitada e o colapso total do sistema é assunto para outro post, agora peço licença para te perguntar uma coisa:
    -As suas folhas como estão? Você é como árvore plantada junto a um ribeiro? A água tem faltado? Os seus frutos estão minguando?
    Temos uma receita milenar para nossas folhas não caírem e nossos frutos virem a tempo, está no Salmo 1, o Criador, nosso amado Pai nos diz que se nossos caminhos forem retos, gastarmos um pouco do nosso tempo meditando na sua palavra, seremos como árvore junto a um ribeiro, cujas folhas não murcham e os frutos vêm a seu tempo.
    Quanto tempo faz que a bíblia está fechada na estante ou talvez na cabeceira da cama, ou aberta no salmo 91, mas sem nem uma passada de olhos?
    Vá lá, abra-a, leia-a, sacie sua sede, suas folhas necessitam dessa água!
    Este rio sai do trono de Deus e não há racionamento, beba abundantemente, medite, regue-se fartamente e terás sabedoria na hora que precisar tomar uma decisão.


"Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão e tudo quanto fizer prosperará." Salmo 1: 2 e 3





Salmo 01 completo
Saiba mais sobre a crise hídrica em São Paulo

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O medo e o colo do Pai - um testemunho

     Hoje compartilho algo muito especial, uma experiência pessoal de aprendizado com Deus.
     Foi em uma manhã de setembro, cheia de sol da primavera, a qual chegava mais cedo esse ano, as quaresmeiras estavam floridas e os ipês amarelos abundantes por aqui, também. Em consulta de rotina a médica disse-me - "Você vai precisar fazer uma biópsia, tem algo errado aqui". E fui encaminhada ao mastologista.
    Desabei, as lágrimas vieram teimosas, junto com o medo invadindo em meu coração, bateu uma vontade tremenda de sair correndo para longe de mim mesma.
    Por enquanto era só uma suspeita, a pior das suspeitas e o medo foi tomando conta, medo da doença, medo do tratamento, os serás interrogados vieram de todas as maneiras. Será isso? Será aquilo? Será, será?
    Busquei refúgio primeiro na família, estão sempre comigo em todas as horas, a noite quando orava e chorava já deitada, meu filho liga e diz - "Mãe agora é hora de você ser filha, corre para os braços do Pai".
    E eu fui. Comecei chamar o Pai Eterno para me socorrer, antevia dias de luta. Uma suspeita que aos meus olhos transformara-se em um monstro, e clamei, e clamei.
    Na manhã do dia seguinte, Deus envia-me sua palavra: Salmo 23:6
    " Certamente que a bondade e misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre!"
    Uma luz poderosa invadiu minha alma quando li, afugentando as minhas trevas, brilhou um conforto, um descanso e uma compreensão imensa da bondade de Deus, o Pai deixava claro ali para mim que para cada dia que viesse, eu teria sobre mim, sua bondade e sua misericórdia, fossem eles bons ou maus.
    E não parava aí não, depois de receber sua bondade, de ser alvo de sua misericórdia, no fim dos meus dias eu iria habitar na casa dele, com ele!
    Oh Senhor! Eu não mereço!
    1ª Lição: O colo do Pai
     Deus é luz e não há nele treva nenhuma. Quando a luz de Cristo torna-se palpável, quando no colo do Pai você está, aquilo que não está muito claro se revela, então me senti indigna de morar com ele, percebi o quanto me afastara do Pai, como filha crescida sai de seu colo, passei a dirigir meus próprios passos, perdi-me fazendo a obra dele, na correria dos dias, trabalho, casa, obra, vida normal, deixei de ir ao jardim, como Eva e Adão deixaram, para falar com ele e assentar-se em seu colo, deixar-se ensinar por ele.
    Na luz do seu amor vi que as orações que andava fazendo, estavam muito longe da comunhão do jardim.
    Iniciou-se em mim um consertar de Deus, foi como se ele me reiniciasse, apertasse a tecla start, a bíblia voltou a ser refúgio, cada livro, cada versículo de novo especial para mim.
    Voltei correndo para os braços do Pai, do jeito que estava, com medo, com angústia, desejando ouvir sua doce voz, percebi o quanto o cotidiano nos afasta, é a louça para lavar, a visita para fazer, o trabalho secular, as obrigações, não me aquietava mais no colo do Pai, afinal tinha crescido e sempre tinha alguma coisa para fazer.
    Forcei-me a aquietar-me, e não foi fácil, o medo e angústia me ajudaram nessa tarefa.

    Aí então veio a consulta, o ultrassom e a cirurgia marcada para retirada de nódulo suspeito na mama.
    A angústia da espera pelo resultado, o medo, o choro tornaram-se instrumentos de Deus. Só o perfeito amor do Pai lança fora todo medo e o cooperar para o bem que fala lá em Romanos 8:28 está se cumprindo e se mostrou bem presente em cada dia.
Deus é bom o tempo todo, e todo o tempo ele tem estado comigo e me chamado para conversar no jardim, esse é o nosso Amado Pai.
    Na luz vemos a luz. Estes dias têm sido de aprendizado, ainda bem que o Senhor Deus nos corrige, nos chama para um relacionamento pessoal com ele.
    Agora percebo que o primeiro capítulo dessa história de aprendizado foi concluído. O capítulo sim, a história ainda não.

    Aí entra a 2ª lição: Permanecer com os olhos fitos nele!
   Vou lhes contar em outra oportunidade pois ainda a estou recebendo. A lição ainda não terminou.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Cinco meses de ataque à Igreja Menonita no Vietnã

O Blog do Ezequiel compartilhou no Google + esta notícia, achei importante replicar com mais detalhes:
    -A polícia do Vietnã na quarta-feira dia 12 de novembro invadiu uma Igreja Menonita, arrastaram nove cristãos, os quais foram acusados de não terem os documentos apropriados, detalhe: os documentos foram confiscados pela própria polícia em invasões anteriores e não foram devolvidos.
    Dois pastores menonitas e o filho do Pastor Nguyen Hong Quang, estavam entre os detidos, ameaçados e interrogados durante duas horas, antes de serem liberados, acusados de não terem documentos de identidade e de residência, a não devolução dos documentos confiscados anteriormente pela polícia os tem deixados em grandes dificuldades e sujeitos à perseguição policial.
    Pastor Quang elaborou um relatório detalhado dos ataques á Igreja Menonita com um apelo mundial após o ataque de quarta feira à igreja.
    “Com este apelo de emergência, condenamos firmemente a polícia da província de Binh Duong, por sua opressão descarada”. Diz o relatório. “Apelamos a todas as pessoas vietnamitas, todas as organizações internacionais de direitos humanos, e governos, e organizações das Nações Unidas, organizações de notícias para ajudar a espalhar essa notícia para ajudar a acabar com o mal perpetrado pela polícia e funcionários do governo.”.
    O relatório afirma que um fluxo constante de ataques e injustiças ao longo de cinco meses, tem construído um forte sentimento de indignação impotente entre os cristãos, os ataques ocorrem geralmente de fim de semana, com bloqueios das estradas de acesso ao templo e os cristãos que vêm para o culto são assediados, um deles teve seu nariz quebrado.
    A igreja fez reparos em cerca quebrada, portão e portas do templo, devido aos ataques de domingo e segunda (9 e 10 de novembro de 2014).
    Pastor Quang afirma que têm sido atacados regularmente desde junho, pelas autoridades que também cortam a água e a eletricidade.
    “Eles enviam gangues e policiais para perseguir-nos e prender-nos durante o dia e a noite, quando adoramos, quando oramos, quando temos estudo da bíblia, quando temos aulas para as crianças, quando comemos juntos” afirma o relatório assinado por Quang e outras quatro pessoas.
    “Eles empregam polícia da unidade 113, polícia de resposta rápida, e polícia de segurança à paisana para perseguir-nos e ameaçar-nos. Trinta e quatro pessoas foram feridas, algumas precisaram de atendimento médico. Pastor Quang foi atacado no templo da igreja em junho por uma gangue acompanhada da polícia e funcionários que ficaram olhando sem intervir.”
    Cristãos no Vietnã acreditam que a extensão e a intensidade da perseguição ao grupo menonita mostra a preocupação e o ódio que as autoridades têm para com aqueles que são ousados em pregar a verdade.
    Pastor Quang descobriu que as autoridades estavam circulando um documento afirmando que ele é membro de partido político ilegal e que estaria fazendo campanha contra o governo. O líder menonita nega as acusações.
Por sua parte, o Pastor Quang disse “É bastante claro que os comunistas vietnamitas têm a intenção de erradicar a nossa igreja menonita.”
    Oremos por eles para que sejam fortalecidos no Senhor e divulguemos entre nossos contatos

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O Orgulho e suas primas - uma reflexão


São três os primos, fazem parte do mesmo grupo familiar: o orgulho, a arrogância e a soberba, andam juntos e se confundem, são maléficos a quem os abriga, são pecados e escravizam o homem, aqui ora falarei de um, ora de outro.
   O orgulho, esse tal, cega nosso entendimento, ele faz-nos acreditar que estamos sempre certos, que nossas ações são melhores do que os outros, aqui há embutido um certo perfeccionismo, ele impede-nos de aceitar sugestões, de ouvir a outra parte, de reconhecer nossos próprios erros, por causa dele falhamos em tomar decisões acertadas em tempo correto e levamos sofrimento a quem está conosco e nos ama.
   Infelizmente na maioria das vezes percebemos que fomos orgulhosos tarde demais, quando não há mais tempo hábil para as mudanças necessárias, para correção de atitudes, e os danos já foram feitos, pois afinal o tempo passa, os filhos crescem, envelhecemos.
   O orgulho coloca um tipo de venda em nossos olhos, que super dimensiona-nos, levando-nos a crer que somos mais do que somos realmente, que infelizmente só cai diante do sofrimento, diante da maturidade e a inevitável reflexão sobre a vida e o que fizemos dela.
   Mas, ainda bem que o dia em que caem -se as vendas chega, e nossos olhos ficam mais limpos e podemos buscar o perdão em Deus e naqueles em que erramos se ainda pudermos encontra-los.
   Interessante notar que a cura para a soberba e o orgulho é justamente a humilhação, por nos amar, Deus em seu propósito de nos salvar permite situações tais que produzem arrependimento e libertação do orgulho em nossa vida.
   Dando uma pequena passeadinha pela bíblia achamos o rei Nabucodonosor, ele recebeu de Deus poder, grandeza, domínio em seu reinado, diz lá em Daniel 5:20 que quando seu coração se elevou e o seu espírito se tornou soberbo e arrogante, foi derribado do seu trono real, e passou dele a sua glória, até que reconheceu que Deus, o Altíssimo, tem o domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele. E foi restituído ao seu trono, só que agora em humildade, reconhecendo que o Senhor é justo e pode humilhar os que andam na soberba. (Confira Daniel 4:37). Lá em Jó 40:2 diz que o Senhor olha para todo soberbo e humilha-o.
   O olhar altivo está listado entre as 6 coisas que o Senhor aborrece e a arrogância lhe é abominável (Provérbios 6:17 e 16:5), no cântico de Maria diz que os soberbos foram dispersos (Lucas 1:31) e Tiago diz ainda que Deus resiste a esses tais (Tiago 4:6).
    Então fico a pensar será que algumas de nossa orações não respondidas poderiam revelar alguma resistência de Deus a um desses priminhos escondidos em nosso coração?
   Creio que o certo a fazer é abandonar essa família antes que venha a queda e a humilhação, não acha?
O Senhor resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes Tiago 4:6

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Adélia Prado, mãe, avó e poetisa. Que mulher!

Adélia Prado, quase 80 anos, poetisa brasileira, essa senhora de cabelos brancos, de fé católica, encanta por sua mente lúcida, clareza de idéias. Professora, formada em filosofa, já escreveu mais de 20 livros, seu último "Miserere", publicado pela Record-Editora.
Lendo entrevista dada por ela à Revista Cristianismo Hoje, surpreendi-me e admirei essa mãe e avó, doravante lerei seus livros, reproduzo aqui uma parte, ela aborda assuntos como espiritualidade, internet, vendilhões da fé e os dias de hoje:
CRISTIANISMO HOJE – Você diz que a experiência poética é sempre religiosa. Escrever poesia é um ato de devoção a Deus, ainda que o poema não seja diretamente ligado à religiosidade?
ADÉLIA PRADO – A arte, querendo ou não, é religiosa em sua natureza íntima.
CH- Para você, o que significa servir a Deus? Você considera uma missionária da literatura?
AP- A literatura, não tendo missão – aliás, arte nenhuma tem –, não pode me fazer uma missionária. Servir a Deus, para mim, é aceitar minha precaríssima condição humana “fazendo as obras da fé”. No meu caso, isso inclui não fugir à vocação da poesia. Toda poesia narra e canta a glória de Deus nas criaturas, na obra de suas mãos.
CH- Como o trabalho de Adélia Prado se conecta com a religiosidade?
AP- Diuturnamente, sou convidada ao seu mistério como um boi que o carreiro acorda com o seu aguilhão. É ótimo que ele não nos dê sossego. Ele pede amor e atenção. Imagine o Criador “precisando” da criatura! Que não tenhamos mesmo sossego e acordemos do sono para a luz da consciência.
CH- Desde Bagagem, lançado em 1976, quais são seus livros favoritos no que se refere a essa experiência espiritual de escrever?
AP- Talvez mais condizentes seriam O pelicanoOráculos de maio e Miserere; o romance O homem da mão seca e a novela Quero minha mãe. Mas, desde Bagagem, na poesia e na prosa, o religioso e a questão espiritual se encontram inapelavelmente – não como meta da escrita, mas como constitutivo da minha experiência humana.
CH- Em suas orações, o que você costuma dizer ao Senhor?
AP- A resposta será sempre de ordem muito pessoal. Posso dizer que sempre peço miserere. Sou muito “pidona”.
CH- Este é, aliás, o título de seu último livro pela Record. Miserere traz, em poemas, seus diálogos com Deus. A Bíblia nos considera miseráveis pecadores, carentes da graça do Senhor, e que somente através de Cristo, o Filho de Deus, é possível obter a salvação. Quem é Jesus em sua vida?
AP- Jesus Cristo é o mais espantoso acontecimento que é possível imaginar. Inesgotável mistério e maravilha. Um homem que se apresenta como Deus! Sua encarnação, morte e ressurreição são o sustento, a alegria, razão e o sentido de tudo. O amor na sua plenitude, o homem por excelência. Só a poesia pode chegar um pouquinho mais perto – a poesia e o amor.
CH- Muitos escritores dizem que o advento da internet, com suas múltiplas possibilidades de comunicação instantânea, empobrece a linguagem e os relacionamentos, sobretudo nas novas gerações. Você concorda com isso?
AP- Por enquanto, ainda há um grande deslumbramento com a internet e seus poderes. Acontecem realmente os empobrecimentos e uma brutalização nas relações ao vivo. Conto com o enfado, o cansaço, a esterilidade disso tudo até que a maquininha mágica fique apenas a real serviço do humano, como uma boa máquina de escrever. Até lá, que cuidemos de nós e de nossos jovens para que saibamos apagar televisão, internet, rádio e o que quer que seja quando estiverem postando lixo dentro de nossas cabeças.
CH- O fato de basear grande parte de sua obra na existência e relevância de Deus torna seu trabalho, de alguma forma, questionado nos dias de hoje?
AP- A questão religiosa incomoda sempre porque enfrentá-la leva ao compromisso. Apesar da enorme carência de significação e sentido, é mais fácil descartar o espiritual que abraçar os encargos da fé. Estamos em tempos difíceis e perigosos, vivendo como se não fôssemos morrer – ou como os pagãos, que dizem “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”.
CH- Aqueles que se dizem religiosos também agem assim?
AP- Muitos religiosos hoje, de todas as confissões, parecem mais “funcionários do sagrado” que ministros de Deus, tal a burocracia, a pressa, a ansiedade, o distanciamento que os envolve e os afasta dos fiéis. Perdem-se entre citações bíblicas, números de telefone e boletos bancários que lhes garantam prosperidade e sucesso. Camisetas, CDs, DVDs, água engarrafada do Jordão, amuletos mágicos, a paz que obterá se ligar tal número.
CH- Como pudemos chegar a esse ponto?
AP- Os vendilhões perderam a compostura; estão dentro do templo com a bíblia ideológica a seu favor. Chegamos a isso porque não vemos mais o Cordeiro degolado sobre a mesa, o sangue sobre as toalhas. Em seu tempo, Jesus já avisava: “O Pai busca adoradores em espírito e em verdade”, numa igreja interior, no coração de cada homem, que cumprirá toda a lei e os profetas se amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Mas, ao que parece, temos horror à simplicidade.
CH- E o que perdemos com isso?
AP- Perdemos os valores da humanização, que incluem desde os espirituais até os mais banais e necessários, como “com licença”, “muito obrigado”, “desculpe”, “por favor”. Morremos da pressa e da gula de aproveitar, aproveitar, levar vantagem em tudo. Precisamos voltar ao Evangelho com real atenção para seu ensinamento, onde o amor é princípio, meio e fim; no qual a paixão de Cristo deve ser vivida como a morte do egoísmo, a maior barreira para a paz, seja familiar ou entre os povos.
Cristianismo Hoje- leia entrevista completa
"Miserere" significa "Tende piedade de nós"

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Livro didático sobre satanismo poderá ser adotado em escolas na Flórida

Um livro infantil com desenhos para colorir, caça-palavras e ligue os pontos com temática satanista poderá ser distribuído em escolas norte-americanas do distrito de Orange County, na Flórida. A medida faz parte de um protesto do grupo The Satanic Temple contra a decisão do conselho escolar local de permitir a distribuição de bíblia nas escolas públicas.Veja matéria aqui
Chamado The Satanic Children's Big Book of Activities (em português, "O grande livro de atividades da criança satanista"), o livro introduz a filosofia e a prática do satanismo por meio de elementos como o pentagrama e traz mensagens positivas, como lições anti-bullying. O grupo The Satanic Temple disponibilizou uma versão digital do livro. Em nota o grupo declarou que a intenção é garantir que os alunos tenham acesso a opiniões religiosas divergentes.
Aqui no Brasil um projeto de lei parecido está na Câmara dos Deputados, que trata-se de incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática da cultura árabe  e tradição islâmicas nas escolas, com justificativa de combater a intolerância, bullying e homofobia no processo de formação do estudante de ensino fundamental e médio.Veja o projeto aqui. 
Analisando a similaridade dos casos, percebo a existência de um ardil nas justificativas, ambas querem a diversidade e combate ao bullyng, mas o que realmente se quer é acabar com o cristianismo, influenciando as crianças, quebrando o ensino que recebem nos lares, aproveitando-se de uma brecha da sociedade moderna, uma vez que hoje as mães trabalham o dia todo, as crianças são educadas nas escolas ou com babas, tornado-se elas vulneráveis.
No Brasil, no campo da política, os interesses são de quebrar os ensinos de moralidade e tradição cristã, fortemente arraigados e presentes na família brasileira devido à colonização por padres jesuítas, e com o crescimento da igreja evangélica, as quais também sustentam um forte ensino moral.
Para alguns políticos  de esquerda, a família cristã é quem sustenta a direta conservadora e esta coloca-se em contraponto ás leis que favorecem os direitos dos homossexuais e minorias, temas como aborto, adoção de crianças por casais gays, etc.
Com o ensino de satanismo e islamismo e outros nas escolas quebra-se a hegemonia cristã, e muda-se a cultura de um país e portas são abertas para aprovação de leis de interesse das esquerdas ditatoriais.
Então tudo isso é muito sério, começa solapando pelas bases, lá onde estão nossos meninos, isso é projeto de implantação de governo, e nasceu no inferno, pois abre o caminho para a aceitação do anti-cristo.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

DEUS ELEGEU DILMA?

Reflexões sobre  resultado da eleição presidencial
Algumas pessoas estão a dizer que Dilma foi reeleita pela vontade de Deus. Afinal, nada acontece sem a Sua vontade, não é mesmo? A discussão teológica por trás dessa simples afirmação é complexa, envolvendo alguns séculos de debate da tradição cristã. Uma parte dessa tradição - na qual me incluo - afirma que a vontade de Deus se expressa de dois modos: vontade determinativa e vontade permissiva. Nesse último caso, ainda que Deus permita que algumas coisas aconteçam não significa que ele concorde com elas. Como escreveu Roger Olson: "Deus está no controle de tudo, sem ser o controlador de tudo". Do contrário, isso faria de Deus o co-autor de todos os crimes e barbáries da história humana. O que, é claro, não dá para aceitar. Desse modo, a permissão de Deus não retira a responsabilidade humana por seus atos e as conseqüências daí advindas. Deus permitiu que Judas Iscariotes entregasse Jesus para ser morto, porém, o traidor pagou as consequências. Somente isso é suficiente para refutarmos a ideia de um Deus cuja vontade determinativa se expressas nas urnas. Portanto, a não ser que você conheça, de fato, o pensamento de Deus - o que eu acho improvável - pare de dizer que Deus elegeu Dilma. É mais sensato afirmar que Deus permitiu o resultado da eleição. Mas, além disso, diga que está consciente das consequências dessa permissão.

ELEIÇÃO E DESILUSÃO
Muitas pessoas ficaram desiludidas com o resultado da eleição presidencial. Ainda que isso expresse um sentimento momentâneo justificável - diante de um quadro político sinistro e tenebroso - não pode servir como fenômeno desencadeador de extrema desilusão. A política é um elemento importante da vida em sociedade, mas não o mais importante e muito menos o centro da vida. A política tem valor instrumental, e não ontológico. Significa dizer quer a política não é o propósito último da vida, e aquilo que nos serve de esperança. Falando de uma perspectiva bíblica e cristã, lembro que o sentido da vida está arraigado em Deus e nossa esperança se alicerça em Cristo. Deus está no controle de tudo. Então, permita-se entristecer por um pouco de tempo (caso o seu candidato não tenha sido eleito), mas não desiludir-se. Amanhã, quando o sol raiar novamente, encontre forças, levante a cabeça e continue a batalha. Essa não é uma mensagem de auto-estima. É um lembrete de encorajamento, de alguém que vê todas as coisas pelas lentes das Escrituras, que busca ajuda não em si mesmo, mas em Deus.
BRASILEIRO, ACIMA DE TUDO
Continuo sendo brasileiro ainda que o meu candidato não tenha sido eleito. Faz parte do jogo democrático aceitar a derrota eleitoral, ainda que não concorde com a forma como o jogo foi disputado. Respeito aqueles que votaram, por convicções pessoais e ideológicas, na candidata vencedora, independentemente da raça, cor, religião ou estado em que mora, ainda que discorde frontalmente da ideologia vencedora. Porém, não posso dizer o mesmo daqueles que votaram por interesse econômico ou em troca de favores. Esse tipo de voto expressa, a meu sentir, o que há de mais deplorável no processo eleitoral, pois também é uma forma de corrupção. Terminada a eleição, permanece a nossa responsabilidade de fiscalizar, denunciar e orar pela nação, e muito.
Valmir Nascimento - CPAD NEWS

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"A culpa é desses nordestinos..."

Não demorou muito para que, logo após a definição das eleições, surgissem os primeiros comentários atribuindo a vitória de Dilma aos eleitores do Nordeste. E muitos muitos desses comentários vêm carregados de teor preconceituoso, chamando os nordestinos de “burros” por terem votado da Dilma.
Ora, não é necessário muita inteligência e nem muito conhecimento matemático para concluir que Dilma não foi eleita apenas com os votos do Norte e do Nordeste. Se Dilma recebesse 100% dos votos desses regiões (o que não aconteceu), e nenhum o voto do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ela não conseguiria ser eleita. Todos os votos do Norte e Nordeste não seriam suficientes para eleger Dilma.
Dilma foi eleita sim. Não apenas com os 70% dos votos dos Nordestinos.
Ela foi eleita porque 52,41% dos mineiros votaram nela.
Foi eleita porque 54,94% dos fluminenses votaram nela.
Foi eleita porque 46,47% dos gaúchos votaram nela.
Foi eleita porque 46,15% dos capixabas votaram nela.
Foi eleita porque 42,90% dos goianos votaram nela.
Foi eleita porque 39,02% dos paranaenses votaram nela.
Foi eleita porque 35,41% dos catarinenses votaram nela.
Foi eleita porque, até mesmo em São Paulo, ela recebeu um número considerável de votos. 35,69% dos paulistas votaram em Dilma.
Dilma foi eleita sim… Não apenas pelos Nordestinos, mas sim porque 51,64% dos BRASILEIROS votaram nela.
Portanto, se você acha que nordestino é “burro” por ter votado na Dilma, sinto em lhe informar duas verdades:
1. Nem todo nordestino é “burro”, pois nem todos votaram na Dilma.
2. Temos “burros” em todos os estados brasileiros, pois Dilma recebeu votos em todos eles. Não houve 1 estado sequer em que Dilma recebeu menos de 30% dos votos.
Portanto, há uma grande probabilidade de que você, mesmo morando no Sul/Sudeste, tenha um vizinho “burro”, um amigo “burro”, um familiar “burro”. E se você tem filhos crianças, ainda existe o grave risco de que, ao completarem 16 anos, estes se tornem “burros” e votem no PT. Afinal, muita gente nos nossos estados do Sul/Sudeste vota nesse partido.
Se você não percebeu isso, talvez seja a hora de considerar que burro não é o nordestino, ou quem votou na Dilma, mas quem nutre uma visão preconceituosa e racista que não consegue enxergar a inteligência, a beleza e a graça do povo e da cultura nordestina que tanto enriquece e engrandece o nosso país.
Espero que você leve em conta as considerações deste carioca que, ao contrário da maioria dos meus conterrâneos, não votou em Dilma (e não me considero nem um pouco mais inteligente por isso), que vive no Paraná (onde Aécio ganhou) e que vai casar com uma nordestina linda e inteligente.
Um abraço a todos.
E que Deus abençoe a presidente Dilma, as demais autoridades, e todo o povo brasileiro.
Anderson Paz, Conexão Eclésia
….
* A imagem que ilustra este post foi elaborada por Thomas Conti, Para fazer frente ao discurso de ódio, o economista desenvolveu um gráfico que mostra um Brasil mais uniforme. Ao invés de marcar com cores diferentes os estados onde um ou outro candidato venceu numericamente, Conti fez uma ponderação em relação à proporção de votos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Missionária sobrevive ao ebola



Muito interessante esta entrevista, da

Revista Cristianismo Hoje reproduzimos na íntegra: 

Na primeira semana de outubro, a temível 

epidemia provocada pelo vírus ebola na África 

chegou ao Ocidente.

 Um caso já foi comprovado nos Estados Unidos

 e autoridades sanitárias da União Europeia já 

tratam como “muito provável” que apareçam casos 

na França e noReino Unido. Desde que o atual surto

 – o pior já registrado – começou,

 em março deste ano na Guiné, já foram registrados cerca de 10 mil casos

 da doença – e esse número pode crescer para 1,4 milhão, segundo os centros de

 controle.

 A ameaça passava despercebida pelos americanos até que a enfermeira da organização missionária norte-americana Servindo em Missão (Sim, na sigla em inglês) Nancy

 Writebol e o médico Kent Brantlly, do ministério Samaritan’s Purse(“Bolsa do Samaritano”), foram diagnosticados com a doença no mês de julho. 


Nancy, que tem experiência em trabalhos no Equador e na Zâmbia, se mudou para a Libéria com o marido, David, em 2013. Quando estava já há cerca de um mês tratando pacientes infectados, a missionária descobriu que ela também havia contraído o ebola. Como o casal não apresentou nenhuma melhora na África, foram levados de volta para os EUA, onde foram tratados com ZMapp, uma droga experimental polêmica. Ambos se recuperaram completamente.


Nancy, que atualmente vive na Carolina do Norte com David, conversou com o correspondente de Christianity Today, Morgan Lee, sobre o tratamento, ação de Deus enquanto ela estava doente e o que pensam daqueles que protestaram contra o seu retorno aos EUA.
CHRISTIANITY TODAY – Como é um hospital liberiano quando há uma epidemia?
NANCY WRITEBOL – Em muitos hospitais, não havia equipamentos de proteção e os enfermeiros trabalhavam sem luvas e sem máscaras. Nós, do SIM, tínhamos a vantagem de estar em parceria com o Samaritan’s Purse, que havia trazido tudo de que precisávamos para proteger nossos profissionais de saúde. Mas ainda existia o medo de trabalhar em uma unidade isolada, lidando com as pessoas. Demorou um tempo para que os enfermeiros percebessem que podiam estar protegidos ao sair e entrar, sendo desinfetados.
Como a cultura e a religião afetam a assistência médica na África?
Normalmente, na cultura africana, depois da morte eles fazem uma lavagem do corpo; portanto, há muito contato com os cadáveres – e é justamente quando a pessoa morre que o contágio atinge seu auge. As pessoas não queriam levar seus familiares infectados às unidades de isolamento, porque sabiam que se tratava de uma sentença de morte. Então, em vez disso, elas tentavam escondê-los em casa. Era difícil para eles entender que não deveriam sequer tocar nos corpos dos entes queridos mortos.
Segundo a mídia, os africanos ocidentais, por acreditarem fortemente no poder de cura da fé, não seguiam as práticas da medicina ao interagir com amigos e parentes infectados. Isso é verdade?
Nós vimos isso. Havia pessoas propagandeando que, se você bebesse determinada água ou se procurasse tal curandeiro, ficaria livre do ebola. Era difícil convencer os membros da comunidade e fazê-los entender que essas coisas traziam prejuízo, em vez de ajuda. É, na verdade, uma questão de confiança.
Qual foi a reação da Igreja liberiana ao ebola?
Muitas igrejas estão tentando ajudar a educar as pessoas sobre o ebola. Por exemplo, em igrejas como a que nós frequentávamos, os cultos dominicais são como os dos EUA, onde apertamos as mãos e cumprimentamos as pessoas. Porém, nos estágios iniciais do ebola, os pastores diziam, logo no início: “Não vamos apertar as mãos”. As pessoas se cumprimentavam de maneiras diferentes.
Por que os pastores locais seguiram os conselhos da comunidade médica?
Eles tinham confiança e anos de convivência com o hospital montado pela missão Sim lá. Isso não quer dizer que não havia pessoas contra; mas havia uma relação construída entre pastores que trabalhavam com o nosso hospital, a igreja e a nossa liderança. Quando se está tentando educar as pessoas, muitas vezes tudo depende da relação que se tem com a liderança.
Há muita desconfiança dos liberianos em relação aos ocidentais?
Sim, e isso, provavelmente, tem a ver com a história recente da Libéria, em função dos quinze anos da guerra civil que acabou em 2003. Havia uma desconfiança geral por parte de todos. Estava entrando dinheiro – e dinheiro é sempre uma tentação –, mas os apoios e financiamentos que chegavam à Libéria nunca atingiam realmente os níveis mais baixos da sociedade.
A senhora teve algum conflito pessoal ou espiritual pelo fato de ter sobrevivido ao ebola enquanto tanta gente, inclusive crentes africanos, morreram com a doença?
É difícil lidar com isso. O principal de tudo é que nós não conhecemos a mente de Deus e não sabemos por que ele permitiu que eu sobrevivesse e que alguns dos meus irmãos africanos, não. A única coisa que tenho a dizer é que Deus é maravilhoso e que nós não conhecemos seus pensamentos. Portanto, não podemos limitar o Senhor, dizendo como ele deve agir. Deus permitiu que sobrevivêssemos e há muitos irmãos e irmãs africanos que estão sobrevivendo ao ebola, mas é como o câncer ou qualquer outra doença: alguns sobrevivem, outros não. Eu confio naquilo que o Senhor está fazendo e na maneira como ele trabalha. Ele trouxe conscientização sobre a crise de ebola, o que ajudou na elaboração de uma vacina e de um soro que talvez ajudem; e trouxe conscientização para os outros países da África que estão sofrendo com isso.
A senhora alguma vez perguntou a Deus por que ficou doente?
Acho que nunca perguntei isso. Sei, apenas, que senti uma enorme paz do Senhor. Isso não significa que eu não passei por momentos difíceis. Todos nós, na Libéria, sentimos que, na semana em que o doutor Brantly e eu estávamos pior, havia uma batalha espiritual acontecendo. Enfrentamos dias muito difíceis, mas durante esses momentos, o Senhor trouxe à minha mente a sua Palavra e a sua paz. A pergunta que fiz foi: “Como? Como eu peguei ebola?”. Não há resposta para isso. Nós estávamos tomando todas as precauções. Isso traz à tona outras perguntas médicas: Por quanto tempo vive esse vírus? Onde nós o contraímos?
Até que ponto a senhora já havia pensado sobre essas questões teológicas, simplesmente por estar recebendo tratamento durante várias semanas?
Eu me senti segura em todos os momentos. Eu confiei em Deus e sabia que éramos as mãos e pés de Cristo ali. Eu já havia experimentado da paz do Senhor bem antes de contrair o ebola. Depois disso, o meu relacionamento com o Senhor se aprofundou no conhecimento de que ele está no controle. Ele tem nossos dias contados.
Há, no momento, uma grande discussão nos EUA sobre a ética do uso da vacina ZMapp, mesmo depois de a doença começar a se espalhar, meses atrás. O que a senhora, que se beneficiou do medicamento, acha dessa discussão?
Nós ficamos sabendo do ZMapp e sabíamos que se tratava de uma droga experimental, que nunca havia sido testada em seres humanos. Sabíamos, também, que não havia nenhuma certeza de que ela seria eficaz em nós e em nossos irmãos africanos. Também havia a questão dos possíveis efeitos colaterais. E se não sobrevivêssemos? Não é fácil responder a essas perguntas. Estávamos bem cientes de que havia a possibilidade de um efeito adverso, mas também sabíamos que não melhoraríamos se não fizéssemos nada. E, depois, soubemos da existência de muitas questões éticas. Uma delas é por que nós recebemos a medicação, mas os africanos não a receberam? Essa é uma pergunta difícil de ser respondida.
As missões Samaritan’s Purse e Sim são responsáveis pela maior parte da infraestrutura na área de saúde da Libéria?
Sim. O governo administra um hospital, embora eu não conheça seus números. Há, também, hospitais católicos e clínicas particulares. Mas a nossa unidade era o único centro de ebola aberto em junho. Depois, os Médicos sem Fronteiras se juntaram a nós em nossa propriedade, mas nós somos a maior unidade de tratamento do ebola no país.
É mais difícil combater a doença quando muitos dos profissionais médicos não são liberianos?
Nosso hospital tinha cinco médicos ocidentais, mas também havia sete ou oito médicos da Libéria trabalhando ao lado deles. Há uma grande confiança em nosso trabalho, mas veja o ataque a profissionais da saúde que aconteceu recentemente na Guiné e os casos ocorridos na Libéria. Há uma falta de confiança em profissionais de saúde estrangeiros.
Qual foi a sua reação quando ouviu sobre os protestos de alguns americanos contra a sua volta aos EUA?
Até aqui, há uma falta de conhecimento a respeito do vírus. Se você colocar a pessoa em uma unidade isolada dentro do avião, sendo trazida por profissionais usando equipamentos apropriados de proteção, há uma chance muito pequena de contágio. Todas as precauções foram tomadas. Mas entendi que muitas pessoas não compreendiam a situação. É uma questão que ainda precisa ser entendida, até mesmo em nosso meio profissional. Algumas pessoas diziam, ao me encontrar: “Não se aproxime!”, mesmo depois dos centros de controle  terem anunciado que não estávamos mais com o vírus da doença.
A senhora pensa em voltar para a Libéria?
Sim, possivelmente em 2015. Eu gostaria de rever as pessoas que trabalharam ao nosso lado e encorajá-las. Não sabemos, porém, como estará essa epidemia. Eu tenho muita preocupação com o vírus do ebola. Precisamos tomar precauções sérias.
O que a senhora aprendeu na Libéria que pode mudar a maneira como as pessoas reagem à crise?
Deus nos chamou para estar na Libéria. Nós nos preocupamos de verdade com nossos irmãos africanos e com o que eles estão enfrentando. Frequentávamos uma igreja liberiana e vivíamos em comunhão com eles. Fazer parte do corpo de Cristo naquela parte do mundo foi uma bênção para nós. Nós morávamos na mesma área conjunta onde ficava o hospital, a estação de rádio e a escola. Havia uma igreja lá também, mas nós íamos a uma das igrejas liberianas da comunidade, para conhecermos melhor as pessoas de lá. Precisamos entender que tudo é uma questão espiritual. Fazemos parte de uma batalha espiritual pelas almas das pessoas. Vivemos para que elas venham a conhecer a Cristo como seu Salvador.
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