sábado, 24 de maio de 2014

A copa é aqui no Brasil, porque não estamos felizes?

    Qual a razão de não estarmos empolgados, de não estarmos enfeitando a rua como o fizemos em outras copas, porque os comerciais de televisão cujo tema é o mundial não nos cativa, e os produtos com o tema estão encalhados nas prateleiras do comércio a menos de 20 dias do grande evento, esta não deveria ser nossa grande festa? A copa não era para produzir felicidade coletiva?     Quer saber o que pensa uma brasileira, pessoa do povo, que pega ônibus, que usa o posto de saúde local? Falo das minhas impressões, do que percebo aqui no estado de São Paulo, até gostaria que outros deixassem as suas nos comentários, afinal o Brasil tem dimensões continentais.
    Quando vimos o então Presidente Lula anunciar que a copa seria no Brasil, ual, que legal, um mundial no nosso país, que experiência magnífica! Só que aí os anos começaram a passar, e a alegria deu lugar a insatisfação, incerteza, frustração e por fim descrença. Começando pela Lei Geral da Copa, que de bebidas alcoólicas nos estádios a superpoderes à Fifa, foi aprovada;(Leia aqui)  Depois vieram as escandalosas cifras gastas nos estádios, sendo que a promessa era de que o dinheiro público seria para a mobilidade urbana, o que não aconteceu. Por último a Fifa patenteou o nome "pagode" como sua propriedade intelectual, e outros mil nomes, aumentando a sua arrecadação, pois outras empresa que quiserem usar o termo têm que pagar(leia aqui). O governo se prostituiu, inverteu as prioridades e o tal legado prometido, acho que não vai acontecer.
     O impacto econômico do evento vai chegar aos mais pobres? Quando acabar a copa teremos ônibus melhores? Estradas melhores? Teremos um Brasil melhor? Será que é por estarmos todos constatando que não, e por isso a felicidade se recusa a entrar?  Não sou anti-copa, nem faço parte de movimentos tipo "não vai ter copa", mas questiono os acontecimentos.
    Será que é porque estamos vendo a grana toda derramada em obras nos estádios, R$5 bi bancados com recurso público e a escola da esquina precisando de reformas?
    Os olhos do mundo estão no nosso quintal, nossa mazelas, nosso pior e nosso melhor será mostrado, quando a bola começar a rolar será que nós brasileiros comuns, abandonaremos a revolta e a amargura e abraçaremos a festa? Vamos esperar para ver.
    E a igreja brasileira como vai agir? Amigo, se um turista precisar não hesite, ajude, demonstre o amor de Cristo, deixe de lado os desmandos do governo e com o pensamento de que somos também estrangeiros nessa terra, mostre o seu melhor. Há também vários projetos nas cidades sedes de evangelismo programados por igrejas e organizações como a Jocum, a Junta de Missões Nacionais e muitos outros que podemos nos envolver e pontuar em favor dos justos.
Alguns números da copa:
 -200 países assistirão a copa
 -500 TVs e rádios credenciadas para a transmissão
 -34 câmeras por jogo
 -736 amostras de sangue e urina para controle antidoping
 -2,7 milhões de ingressos já vendidos
 -32 seleções estrangeiras
 -8 aviões para as seleções
 -15 ambulâncias por estádio
 -600 mil turistas internacionais esperados
 -4 bilhões de dólares é o que a Fifa vai faturar em receita comercial
Fonte dos números: O Globo.Globo.com

domingo, 11 de maio de 2014

Para as mamães -parte 03

Continuando a homenagear as mães de um modo diferente, com uma palavra edificante, dividida em várias postagens, essa é a terceira:  
Jani Ortlund
O que jovens mães precisam: um coração pelo lar
Outro desafio para uma jovem mãe é cultivar o amor pelo lar.
Deus nos chamou para amar os nossos filhos em nosso lar (Tt 2.4-5). Não somos capazes de melhorar o desígnio de Deus! Isso significa mais do que ficar em casa. Significa fixar o seu coração no seu lar. Contudo, as mulheres podem deixar seus lares por outros caminhos que não o trabalho ou ministérios externos. Celulares, e-mails e salas de bate-papo também podem remover uma mãe de seu ministério primário.
Ministério significa estar “lá por inteiro”. Significa alegrar-se por poder mostrar aos seus filhos como pedalar um triciclo, arrumar a própria cama, construir boas memórias e compartilhar seus brinquedos com outros. Você pode servir a sua família e, em última análise, o seu Pai celestial, ao ajudar os seus filhos a montar aquele quebra-cabeças pela décima-sétima vez, ao lavar aqueles dedos grudentos, ao plantar um pequeno jardim, ao interpretar histórias bíblicas e orar juntos, e ao preparar-se para o retorno do papai como o ponto alto do seu dia!
Qual é a alternativa? “A criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Pv 29.15).
Lembre-se disto: você tem o privilégio de transmitir a jovens corações uma percepção de Deus! Você deveria se sentir culpada por isso? Conforme você deixa seus filhos experimentarem intimidade, proximidade e disponibilidade em seus primeiros anos com você, você poderá fazê-los encontrar essas necessidades da alma em Cristo, o Salvador deles, quando eles amadurecerem. E então você terá o prazer de enviá-los com uma luz em suas almas para que abençoem este mundo em trevas.
Alguém irá influenciar os seus filhos, inculcando valores e marcando padrões em suas jovens mentes impressionáveis. Que essa pessoa seja você!
Esta fase passa
Isso significa que você nunca investirá em outros fora de sua família? É claro que não. Mas se você é uma jovem mãe, use o seu ministério primário da maternidade para guiar as suas escolhas sobre onde servir a Cristo agora. Não deixe nada afastá-la de seu papel singular como esposa e mãe.
Esta fase na sua vida é só isso - uma fase. E cada fase é um chamado divino do nosso Criador e Rei. Organizar um novo evento na igreja é importante. Ensinar o seu rapazinho a ser gentil com a sua irmã também é importante. Mas qual das duas coisas pode ser feita melhor por você durante esta fase? Sirva a Deus bem ministrando primeiro aos seus filhos. Muito em breve eles crescerão e irão embora, e todos aqueles momentos únicos de ensino terão passado. E você terá a ampla oportunidade de servir a Cristo fora do seu lar nas próximas fases da sua vida.
“Mas sede fortes! E não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra terá recompensa” (2Cr 15.7).


Jani Ortlund é ex-professora e possui mestrado em educação. É autora de dois livros: 
Fearlessly Feminine(“Destemidamente Feminina”) e His Loving Law (A Amorosa Lei de Deus). Jani é esposa do Dr. Raymond Ortlund Jr.

sábado, 10 de maio de 2014

Para as mamães -parte 02

Quero homenagear as mães de um modo diferente, com uma palavra edificante, dividida em várias postagens, essa é a segunda:      ( Leia a parte 01 aqui)
Maternidade: trabalho árduo puro e simples
Jani Ortlund
A palavra de Paulo a mim como mulher mais velha é para instruir “as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada” (Tt 2.4-5).
Por que o apóstolo tem que dizer a nós, mulheres mais velhas, que ensinemos tais coisas às mulheres mais jovens? Porque pode ser difícil amar o seu marido e os seus filhos. De fato, pode ser mais fácil ministrar fora de casa. Por que é mais gratificante para nós planejar um retiro feminino para duzentas mulheres do que planejar um “acampadentro” para os nossos pequeninos em uma tarde chuvosa? Eu penso que é porque as recompensas são mais imediatas e não exigem tanto de nós.
Ser uma mãe jovem é trabalho árduo puro e simples. Às vezes parece trabalho escravo! Jovens mamães podem se identificar com o cartoon de um menininho vendo um álbum de casamento com seu pai e dizendo: “Então esse foi o dia em que a mamãe veio trabalhar para nós!”
Mas Deus chamou você para esse ministério. Ele sabe que não há momentos neutros na vida de uma criança pequena, cuja experiência está em contínua necessidade e desenvolvimento. Os seus filhos carregarão a marca do seu trabalho como mãe ao longo de suas vidas, pois muito do comportamento humano brota a partir da imitação.
Você é a única mãe que os seus filhos têm. O seu ministério para eles é a mais profunda expressão do seu amor por eles. Criar os seus filhos tem de ser feito da maneira correta logo de primeira. Essa é uma das poucas áreas na vida que não se pode dizer: “Se você não conseguir de primeira, tente novamente”.
Você recebeu essa comissão de Deus. Como mãe, seu privilégio é ensiná-los como respeitar o pai e ser gentil para com seus irmãos, como escolher comida nutritiva e entretenimento saudável, porque eles devem valorizar a cortesia e a capacidade de serem organizados, e quais causas são dignas dos seus esforços, de suas reputações e até mesmo do seu sangue.
Você é desencorajada quando passa dia após dia imersa nas tarefas mundanas da maternidade? Então pense na honra de guiar o desenvolvimento espiritual, intelectual e social das pequenas mentes e corações. Pense na emoção de ensinar-lhes as verdades da Palavra de Deus. Pense na importância de ensinar aos seus filhos pequenos como viver sob autoridade, e de prepará-los para futuros relacionamentos, ensinando-os a respeito de amor e confiança. Pense no deleite de enviar mais um jovem piedoso, vibrante, forte, seguro e amável a este mundo necessitado, com a coragem necessária para viver bem por amor de Cristo. Que investimento digno!
Aguarde o próximo post
Por Jani Ortlund -Tradução: Alan Cristie
Foto- imagens google

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Para as mamães- parte 01

Quero homenagear as mães de um modo diferente, com uma palavra edificante, dividida em várias postagens, essa é a primeira:

Querida Mamãe, não Desperdice a Sua Culpa!

Jani OrtlundCulpa é uma sombra constante na vida de uma jovem mãe e ela tem um jeito desagradável de saturar muitos de seus esforços em educar, servir e amar a outros. “Eu estou fazendo o suficiente por meus filhos? Por outros? O que eles pensam de mim? O que Deus pensa de mim?”Quando você é uma jovem mãe, todos querem algo de você — sua família, sua igreja, seu chefe, seu vizinho. E o mais provável é que você ceda mais do que jamais pensou que poderia. Mas ao longo do percurso, a culpa mordisca a sua alma, comendo aos poucos a sua paz interior e a sua alegria. E ela frequentemente perdura por anos, mesmo após seus filhos terem crescido e ido embora. Não desperdice a sua culpa, mas ouça-a e avalie-a. Tire-a das sombras e a examine à luz da Escritura. Exponha os sentimentos diante de Cristo. Essa culpa é convicção legítima do pecado? Então confesse o seu pecado, receba o perdão de Cristo e pergunte onde e como ele quer que você mude.Mas talvez a sua culpa seja um medo egocêntrico e incômodo de que se você fosse um pouco melhor ou trabalhasse só um pouco mais árduo, então você seria notada e admirada o suficiente para sentir-se bem consigo mesma. Isso é falsa culpa, arraigada em orgulho. Ela magoará a sua família e prejudicará o relacionamento com o seu gracioso Pai. Se isso descreve a sua culpa, então lembre–se que, através da morte e da ressurreição de Cristo, você é aceita por Deus. A solução para a falsa culpa, bem como para a verdadeira culpa, é o evangelho.Paulo fala desses dois tipos de culpa em 2 Coríntios 7.10. Existe uma tristeza piedosa que produz arrependimento e uma tristeza do mundo que produz morte. Faça a si mesma a seguinte pergunta: aquilo para o que eu dedico o meu tempo e as minhas energias é guiado por arrependimento que dá vida ou por um orgulho que produz morte?O campo de missão primário de uma jovem mãeUma razão pela qual uma jovem mãe pode se sentir erroneamente culpada é quando ela esquece que o seu campo de missão primário e crucial devem ser os filhos.Deus valoriza as crianças. Ele dá grande importância em ensinarmos os nossos filhos a amá-lo e servi-lo (Dt 6.7-9). Jesus ficou indignado quando os discípulos não reconheceram o valor das crianças na expansão do reino de Deus (Mc 10.13-16). E Deus nos diz que os filhos são bênção dele para nós (Sl 127.3).Maternidade exige o melhor de nós como mulheres. Como mães, moldamos as almas de nossos filhos e, em última análise, influenciamos o mundo. Filhos são o nosso presente para o futuro. Então aceite o  chamado de Deus para servir a sua família. A culpa piedosa não afastaria você de um investimento em seus pequeninos de todo o coração por amor a Deus. Não se sinta culpada por investir em seus filhos como seu ministério primário quando eles são pequenos. Você está ensinando a geração mais nova a formar laços emocionais íntimos com outros. Sua sensibilidade, disponibilidade, devoção, afeição e sua paciente atenção são insubstituíveis.Aguarde o próximo post
Por Jani Ortlund -Tradução: Alan Cristie

terça-feira, 6 de maio de 2014

Pare em nome da lei!

    Com muita tristeza, Discípulos Ser E Fazer lamenta a morte pós linchamento de Fabiane Maria de Jesus no Guarujá, litoral de São Paulo, vítima de boato postado na internet, no qual ela foi confundida e espancada até a morte, por moradores que resolveram fazer justiça com as próprias mãos. Justiça? Que justiça?
    Fica o alerta também a nós blogueiros e administradores de páginas de internet, que tenhamos responsabilidade e sejamos criteriosos com o que postamos.
    O Brasil está caminhando para tempos de barbárie? Ou já estamos nele? Pessoas mortas sem julgamento, sem direito de defesa. Nomeiam-se culpados e dissemina-se nas redes.
    Ha algum tempo já me preocupo com os acontecimentos em nosso país, com a violência crescente, a vida em sociedade requer o atendimento a regras de convivência, a principal delas é o exercício da tolerância, de respeito ao ser humano ao nosso lado, de reconhecimento da importância da vida.
    Quem joga um vaso sanitário sobre um grupo de pessoas sem considerar que alguém vai morrer, como acontecido no estádio do Arruda em Recife?
    "O recurso da justiça pelas próprias mãos é sintoma de desagregação do tecido social, da ausência do estado e da volta da lei do mais forte, a descrença nas instituições está na base das ações" disse o antropólogo Roberto da Matta e ele tem razão.
    As leis precisam ser aplicadas, os responsáveis precisam ser presos e julgados, o Brasil não vai melhorar mediante novas leis, precisamos de homens e mulheres que observem as já existentes!


Foto: Familiares e amigos estenderam faixas em protesto pela morte de Fabiane (foto : Anna G. Ribeiro- G1)

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