quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Oito coisas que devemos evitar quando discipulamos

Por Jorge Himitian -
    Deus nos tem delegado autoridade para edificar nossos irmãos. Se não exercermos a autoridade, não podemos edificar a casa de Deus. No entanto, devemos ter muito cuidado nessa área porque o exercício de autoridade envolve riscos e perigos que devemos evitar.
    Aqui mencionamos oito coisas sobre as quais temos que ter cuidado:
1) A ambição do poder
    Esse é um dos males mais arraigados na natureza humana. Quando percebemos que nossos comandos são atendidos (a alguém dizemos “venha” e ele vem; a outro dizemos “vá” e ele vai; a um terceiro dizemos “faça tal coisa” e ele faz”) é possível que sintamos uma satisfação carnal. Isso pode chegar a perverter nosso coração, fazendo uso da autoridade para alimentar nosso ego. Se exercemos autoridade deve ser unicamente para servir aos irmãos (Mateus 20.25-28).
2) A autoridade despótica
    Quanto dano é causado pelo exercício da autoridade sem amor, graça e carinho!! Exercer autoridade não significa atuar e falar num tom ditatorial e enérgico, mas mostrar para o discípulo a vontade do Senhor com amor e firmeza. Embora, por vezes, uma repreensão seja necessária, esse não pode ser o tom permanente de nossa relação com os discípulos (1 Tessalonicenses 2.7-8).
3) A falta de autoridade
    Outro perigo é manter uma autoridade aparente, sem exercê-la realmente. Ser demasiadamente brando e condescendente faz com que  vida do discípulo não se desenvolva nem cresça. Nesse caso, a relação não é mais do que uma boa amizade. Não há instruções, ordens claras, observação nem direção (2 Timóteo 4.2; Tito 2.15).
4)  Pretender ser autoridade em todos os temas
   Não somos autoridade em todas as matérias. Devemos nos limitar ás áreas que nos competem. Devemos saber dizer “não sei”. Certas situações devem ser encaminhadas para outras pessoas, e muitas outras vezes precisamos consultar e nos aconselhar em vez de dar uma resposta apressada.
5)  Dirigir vidas em vez de formá-las
    O operário e o aprendiz estão sob autoridade, no entanto, depois de vários anos o operário segue sendo operário e o aprendiz, diretor. Um discípulo é um aprendiz; devemos sobretudo ensiná-lo e formá-lo. É fácil dirigir uma vida; a questão é formá-la. Não lhe diga o que ele pode descobrir por si, não faça o que ele pode fazer, lhe delegue responsabilidades e dê espaço para que possa experimentar.
6) Perpetuar uma autoridade vertical desnecessariamente
    Nosso objetivo é que os discípulos cresçam e cheguem à maturidade. Na medida em que isso ocorre, a verticalidade deve ir declinando para dar lugar à mutualidade.“Sujeitai-vos uns aos outros” (Ef. 5.21; 1 P. 5.5). Não devemos ser um tampão para nossos discípulos, ao contrário devemos animá-los a crescer ainda mais que nós mesmos.
7) Ser “intocável”
    Devemos lembrar que sobretudo somos irmãos. Qualquer discípulo deve ter liberdade para nos admoestar quando vê algo mal em nossa vida. Existem aqueles que nos questionam porque têm rebeldia em seu coração, mas também há os que por vezes nos questionam porque têm mais vida própria e inquietudes legítimas em seu interior. Não devemos resistir sistematicamente a todo questionamento, mas sim considerar objetivamente o aporte dos irmãos que pensam diferente de nós.
8) Tratar a todos da mesma maneira
    Não podemos tratar a todos por igual. Não podemos discipular do mesmo modo o jovem e o ancião. O trato deve ser de acordo com cada pessoa. Em 1 Timóteo 5.1-2, Paulo pede a Timóteo que seu trato seja de acordo com cada pessoa. Seria prejudicial ter um método único e dar a todos o mesmo tratamento. Ainda que os princípios e ensinos sejam os mesmos para todos, no entanto o trato deve ser de acordo com a pessoa, levando em conta sua idade, sexo, personalidade, capacidade e outras questões.
Jorge Himitian Leia o original aqui

domingo, 10 de janeiro de 2016

Conversando com minha alma

Por Chico Ferreira -
    "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu." (Salmos 42.11).
    Às vezes precisamos aprender a conversar com nossa alma. Eu sei que não é uma conversa fácil, pois é conversar com o mais exigente ouvinte: "o nosso íntimo. " Olhar para dentro é mais difícil que olhar para fora. Às vezes é mais fácil falar com uma multidão do que conversar com nossa própria alma. Quase sempre é mais fácil consolar o aflito, do que encorajar a mim mesmo!
    É preciso dizer a nossa alma que a tristeza não vai durar para sempre! Devemos proclamar em alta voz, para nossa alma: "Que Deus está no controle," ainda que eu não perceba, que não consiga discernir o momento. Preciso anunciar a minha alma: Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.



Leia mais textos de Chico Ferreira aqui
Ele é pastor e escreve em Falando aos discípulos

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Quarto de Guerra - O filme

Uma reengenharia social está em curso, estamos vivendo uma desconstrução em escala global, valores estão sendo sistematicamente esmagados, desconstrução da família, da fé, de gênero, de princípios. Trata-se de uma degeneração articulada, por um sistema de poder que tem alvos definidos e não hesita em destruir tudo que nos é caro e de valor intrínseco. Não, não é o filme. Você tem percebido que assim sãos os dias de hoje? É a nossa realidade.
    E eis que surge o filme "Quarto de Guerra".
    Alerta de Spoiler, (rs)
    Gosto muito de cinema e igualmente de transmitir minhas impressões, e o filme "War Room", Quarto de Guerra no Brasil, dos mesmos produtores de "Desafiando Gigantes" e "À Prova de Fogo", traz em seu roteiro, a história de uma família, na qual o casal (Tony e Elizabeth) lida com diversos problemas de relacionamento e isto também acaba afetando a vida de sua única filha.
    Corretora de imóveis, Elizabeth já estava sem esperanças de restaurar suas relações familiares, quando conhece sua nova cliente (Sra Clara), que está colocando a casa à venda. Já idosa, Clara acaba chamando a atenção da corretora quando apresenta um cômodo um tanto 'inusitado' de seu lar: o "Quarto de Guerra" - local onde se recolhe diariamente para orar. 
    Fiquei impactada pelo filme e confesso que chorei, um drama cristão bem feito, bem editado, boa música e cheio de boas tiradas "conselheiras", mas o mais importante são os valores que ele traz consigo.
    O filme é um chamado a igreja de Cristo para a oração. Na telona, com o casal central, ele fala da importância da família, fala de discipulado através da personagem Sra Clara transmitindo seus conhecimentos, aprendidos na luta da vida, para sua nova amiga Elizabeth, fala de restituição e verdade, de perdão. Exalta o poder que Deus tem para mudar  histórias de vida.
    A igreja está mergulhada na mesmice, incorporando os valores do mundo, imersos na tecnologia, esquecendo de orar, tomamos café com o Face Book e WhatsApp, e abrir a bíblia então nem pensar, saímos correndo para nossas atividades e deixamos de cultivar um dos maiores ensinos que rebemos: o devocional que todo cristão deveria e precisa fazer, tempo a sós com Deus. 
    Com personagens autênticos, humanos, nos identificamos facilmente com eles, aparentamos uma coisa e somos outra, "por fora bela viola, por dentro pão bolorento" já dizia este ditado antigo, e o filme vem nos lembrar que Deus opera no interior do ser humano e transforma a alma!
    O poder da intercessão, quando nos colocamos na brecha, lembra desse termo? Era tão popular anos atrás e hoje é desconhecido de uma geração que não aprendeu a orar. Isso me lembra do texto em que Deus "maravilhou-se que não houvesse um intercessor, pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação e a sua própria justiça o susteve" em Isaías 59:16.
    O filme é inspirador, corra para vê-lo, enquanto o inimigo busca criar uma consciência coletiva com seus filmes de nova era, super-heróis, violência explícita, Quarto de Guerra é um despertador de Deus, que sua igreja acorde, seu povo volte a oração, volte a peleja pois muitos estão se perdendo e o grande dia se aproxima.



Veja o Thriller aqui
Serviço: War Room, Quarto de Guerra, EUA, 2015
Direção: Alex Kendrick
Música: Paul Mills
Roteiro: Alex Kendrick e Stephen Kendrick
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